Bloqueio

Diversas vezes me pego admirando os colunistas. Não importa o assunto. Por mim, se for de esportes, política, cultura ou gastronomia, entram no mesmo grupo de admiração. Digo isso, pois estou com um bloqueio mental para tudo no âmbito da faculdade. Não sei como explicar, mas parece que os neurônios não se conectam mais; como se as engrenagens parassem de funcionar por falta de óleo. Aliás, achar este óleo resolveria os meus problemas, mas o que é esse óleo? Eu me hidrato pouco? Preciso descansar melhor? Ler mais? Entre outros mil questionamentos que chegam ao mesmo fim, com a mesma resposta: eu não sei.

Isso não ajuda muito, né? Mas é a verdade! Por isso admiro os colunistas, eles escrevem TODA semana e seus textos saem (ao meu ver) sempre com uma qualidade exemplar. Já quis muito usar este espaço mais vezes, porém a minha criatividade está mais destinada a construção de piadas ruins e imitações (e eu me divirto com elas nesses tempos de pandemia). Quando reservo o tempo e criatividade restantes para escrever, vem ele: o maldito bloqueio mental. Vem com uma força de um tsunami e, ainda por cima, acompanhado de muita dor de cabeça e sentimentos negativos. Vivendo exatamente estes sintomas no momento, o principal inimigo é a saudade: de sair aos finais de semana, de ver os rostos da faculdade, de momentos como as risadas que dei em Arroio do Sal ou das coisas especiais que aconteceram em Capão da Canoa.

O bloqueio me afeta e me destrói por trazer tudo isso à tona. Mas, seja por ironia do destino ou não, cá estou eu escrevendo sobre não conseguir escrever. Como eu consegui? A resposta é a mesma de anteriormente: eu não sei. As coisas apenas acontecem na hora que é para acontecer, até mesmo um lapso de criatividade ou uma grande falta da mesma. Por isso admiro os colunistas, parecem que nasceram para isso e possuem o dom de fazer acontecer na hora que é para ser.

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